Conheça o ConsumerSignals Annual Report 2024, um relatório que explora as tendências de comportamento do consumidor português com foco no ano de 2024.
2024 foi um ano de recuperação contida. O equilíbrio entre o prazer e a prudência continuou a marcar o comportamento financeiro, com destaque para um consumo seletivo, emocionalmente justificado e ajustado à realidade de cada geração.
Este relatório insere-se no ConsumerSignals, um projeto global de grande impacto da Deloitte, que visa trazer-lhe dados mensalmente atualizados sobre os hábitos e preferências dos consumidores em várias geografias do mundo.
Conheça a evolução das intenções de consumo dos portugueses em 2024 ao preencher este formulário.
dos jovens (18-34 anos) esperavam atingir uma melhor condição financeira em 2025
compraram menos do que o desejado no supermercado
dos consumidores à procura de adquirir um novo veículo desejavam que este fosse elétrico
planeavam fazer um voo internacional nos 3 meses seguintes
Ao longo de 2024, o Índice de Bem-estar Financeiro da Deloitte revelou uma melhoria na perceção da situação financeira dos portugueses, sinalizando uma crescente confiança na recuperação. No entanto, essa confiança foi acompanhada por uma atitude de cautela, já que Portugal permaneceu entre os países europeus mais apreensivos em relação ao aumento dos preços.
Nesse contexto, o consumo tornou-se mais estratégico e emocionalmente justificado. Os portugueses continuaram a gerir o orçamento com intenção, direcionando os seus gastos sobretudo para áreas como a tecnologia, a moda e os cuidados pessoais — categorias consideradas não essenciais, mas que são vistas como úteis, valorizadoras ou emocionalmente compensadoras.
Do ponto de vista geracional, observou-se uma diferença clara de comportamentos, embora todos revelassem uma consciência financeira significativa. Os jovens, entre os 18 e os 34 anos, mantiveram-se mais otimistas e impulsionaram o consumo em experiências e produtos de prazer imediato, ainda que com alguma contenção. Já os adultos, com idades entre os 35 e os 54 anos, assim como os seniores, com mais de 55 anos, demonstraram uma abordagem mais conservadora, priorizando a segurança nas suas decisões de consumo e poupança.
No que respeita à mobilidade, notou-se uma forte dependência do automóvel, mas com sinais de maior ponderação. A intenção de trocar de veículo abrandou face ao final de 2023, com as decisões de compra a dependerem cada vez mais da avaliação do custo-benefício. A adesão aos veículos elétricos, por sua vez, continuou a evoluir de forma lenta.
Por fim, no setor das viagens, os consumidores europeus mostraram um ligeiro aumento no interesse por viagens internacionais e estadias em hotéis no final do último ano. Em contraste, os consumidores portugueses adotaram uma postura mais prudente, evidenciando uma preocupação crescente com o controlo do orçamento e a moderação nos gastos.
A plataforma interativa ConsumerSignals da Deloitte é uma fonte de insights atualizados mensalmente, com base em inquéritos realizados em mais de 20 países, incluindo Portugal. A plataforma acompanha perceções de bem-estar financeiro, intenções de consumo e expectativas futuras.