O sentimento dos CFOs em Portugal sobre as perspetivas económicas das suas empresas recuperou para um net balance positivo de +29%, representando um aumento significativo comparativamente à última edição de outono de 2023 deste estudo (net balance negativo de -9%). Verifica-se ainda que os CFOs em Portugal estão mais otimistas quando comparados com os CFOs na Europa (net balance positivo de +16%).

O otimismo dos CFOs em Portugal é também observado nas expectativas sobre a evolução das principais métricas financeiras nos próximos 12 meses, particularmente na receita (+52%), na margem operacional (+20%), no CAPEX (+43%) e no emprego (+35%).

Olhando para o futuro, os níveis de incerteza permanecem elevados, com os riscos geopolíticos a emergirem como a principal preocupação dos CFOs de Portugal para os próximos 12 meses.

Neste contexto, 60% dos CFOs em Portugal acredita que os riscos geopolíticos possam impactar a capacidade de atingirem os objetivos estratégicos das suas organizações, sendo os eventos mais significativos a invasão da Ucrânia pela Rússia, e o aumento de ransomware e ataques cibernéticos.

Apesar do otimismo cauteloso, os CFOs em Portugal continuam a optar por estratégias expansionistas em detrimento de estratégias defensivas, com a digitalização a tornar-se a estratégia prioritária para os próximos 12 meses, demonstrando que os CFOs permanecem com uma visão de médio/longo-prazo ao prepararem as suas organizações para os desafios futuros.

O papel do CFO tem vindo a fortalecer ao longo dos últimos cinco anos, com quase dois terços dos CFOs em Portugal a reportarem ter aumentado as suas responsabilidades em áreas como a gestão de risco (62%), transformação digital (58%), ESG (54%) e governação de dados (50%).

Seguindo a mesma tendência, quase três em cada quatro CFOs em Portugal (70%) relataram que a sua influência aumentou no Conselho de Administração das suas organizações, demonstrando o papel fortalecido dos CFOs na condução da estratégia e transformação das organizações.