Agora no seu segundo ano, o Women @ Work 2022: A Global Outlook tem como objetivo compreender melhor como as experiências das mulheres no local de trabalho afetam o seu envolvimento e progressão na carreira. O inquérito proporciona um vislumbre único da vida das mulheres no local de trabalho, revelando um impacto preocupante a longo prazo, com as inquiridas a relatarem um esgotamento generalizado.
O ano passado foi um período de mudança para muitas empresas e trabalhadores - um período que trouxe oportunidades e desafios. Muitos empregadores trabalharam arduamente para aproveitar o que aprenderam durante o primeiro ano da pandemia e combiná-lo com formas mais tradicionais de trabalho (incluindo a implementação de modelos de trabalho híbridos).
No entanto, as respostas de 5.000 mulheres no local de trabalho em 10 países deixam claro que a pandemia continua a afetar fortemente as mulheres: o esgotamento, por exemplo, atingiu níveis alarmantemente elevados. Ao mesmo tempo, muitas mulheres tomaram decisões de carreira e de vida motivadas pelas suas experiências durante a pandemia - para algumas, isso significou procurar novos padrões de trabalho mais flexíveis; para outras, significou abandonar totalmente o seu empregador ou a força de trabalho.
Emma Codd, Global Inclusion Leader da Deloitte, discute as principais conclusões do relatório.
As mulheres têm mais probabilidades de procurar um novo emprego do que há um ano e o esgotamento é o principal fator de motivação: quase 40% das mulheres que procuram ativamente um novo empregador citaram-no como a principal razão. Mais de metade das mulheres pretende deixar o seu empregador nos próximos dois anos e apenas 10% tencionam permanecer no seu atual empregador durante mais de cinco anos.
Embora a forma híbrida de trabalhar apresente oportunidades - incluindo, se for corretamente utilizada, permitir que muitos mantenham a flexibilidade que o trabalho remoto pode proporcionar - também cria um risco de exclusão para aqueles que não estão fisicamente presentes.
A maioria das mulheres (59%) foi vítima de assédio e/ou microagressões no último ano no trabalho, um número que aumentou desde o nosso relatório de 2021 (52%).
As mulheres que trabalham para estas empresas apresentam níveis muito mais elevados de comprometimento, confiança e satisfação profissional, bem como experiências mais positivas com o trabalho híbrido e níveis mais baixos de esgotamento. Também tencionam permanecer mais tempo nas suas empresas.
Um futuro mais brilhante é possível. E como a competição pelo talento continua a intensificar-se, as empresas que agirem primeiro poderão atrair a próxima geração de mulheres líderes - e obter os maiores ganhos.
Aprenda com aqueles que estão a liderar o caminho para criar um futuro melhor e mais equitativo. Um futuro que funcione para todos.