A extended enterprise assenta na ideia de que uma instituição não funciona isoladamente. O seu sucesso depende de uma rede de relacionamentos com prestadores de serviços/parceiros.
A nossa investigação mais recente sobre a gestão de risco na extended enterprise evidencia o crescimento da consciencialização e do foco no Risco Ambiental, Social e de Governação “ESG”, à medida que as organizações se concentram na manutenção de cadeias de abastecimento mais sustentáveis e resilientes.
A responsabilidade empresarial e social é um elemento-chave das estratégias integradas por parte das organizações, o que é demonstrado pelo crescimento significativo do nível de consciencialização e pelo foco em ESG na extended entreprise. Contudo, muitas organizações não possuem mecanismos formais para avaliar ou priorizar riscos do ESG na sua extended enterprise e não confiam na informação interna/externa de que dispõem.
82% das organizações reportam níveis moderados a muito elevados de consciencialização/foco em temas do ESG.
18% das organizações demonstram níveis muito baixos ou moderadamente baixos de consciencialização/foco.
Os eventos recentes, tais como a pandemia e a invasão da Ucrânia, evidenciam, não só, o enorme impacto estratégico da resposta ineficaz de terceiros, mas também a rapidez com que o risco se materializa. As organizações reconhecem que necessitam de investir no fortalecimento das suas cadeias de abastecimento e de terceiros. Uma forma de potenciar a resiliência é reduzir a concentração de prestadores/fornecedores, todavia muitas organizações estão a caminhar no sentido inverso, ao trabalhar com um número muito reduzido de fornecedores de serviços de cloud (CSPs), de forma a garantir uma monitorização da atividade mais centralizada e completa.
73% das Organizações apresentam um nível moderado a elevado de dependência dos CSPs, com potencial aumento para 88% nos próximos anos.
As organizações têm efetuado melhorias incrementais na forma como gerem a relação com terceiros, do ponto de vista da eficiência, da relação custo/eficácia e da tomada de decisões. Os silos funcionais e os sistemas descentralizados condicionam a aspiração de desenvolver uma abordagem mais holística e integrada. O maior alinhamento entre a gestão do risco e a gestão da contratação representa um marco crítico na jornada em direção a uma integração total de gestão de terceiros.
70% das Organizações quer explorar sinergias nos processos de gestão de terceiros para impulsionar a eficiência.
As soluções de externalização da operação estão a evoluir rapidamente para facultarem serviços mais abrangentes e personalizados, numa perspectiva end-to-end e insight-driven. O suporte externo contribui frequentemente para a criação de modelos operacionais (TOM) bem-sucedidos e para a gestão eficaz das atividades quotidianas de TPRM. Contudo, as organizações são frequentemente desafiadas para a necessidade de equilibrar a gestão de custos com o ritmo e a agilidade necessários para responder aos desafios introduzidos pelos mercados.
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As tendências pós-pandémicas demonstram um aumento da liderança e do investimento na gestão do risco de terceiros, o que conduz a processos de transformação organizacional. Isto caracteriza-se por uma segmentação mais inteligente de terceiros, um maior foco nos terceiros de suporte à componente comercial e soluções tecnológicas integradas que melhoram a eficiência e reduzem os custos. No entanto, as organizações enfrentam desafios em novos domínios de risco — incluindo geopolíticos e de alterações climáticas — em múltiplos níveis nas relações de subcontratação.