Um questionário global revela que 51% das mulheres estão menos optimistas em relação às suas perspectivas de carreira do que antes da pandemia.
Os inquiridos do nosso estudo são claros quanto ao que é necessário fazer para inverter os efeitos desproporcionados da pandemia nas mulheres trabalhadoras. À medida que as organizações procuram reconstruir os seus locais de trabalho, aquelas que dão prioridade à diversidade, à equidade e à inclusão nas suas políticas e cultura e que disponibilizam um apoio tangível às mulheres nos seus quadros serão mais resistentes a futuras perturbações. Além disso, vão estabelecer as bases necessárias para impulsionar as mulheres e a igualdade de género no local de trabalho.
- Michele Parmelee, Deloitte Global Deputy CEO and Chief People & Purpose Officer
A pandemia de COVID-19 continua a ter um impacto devastador e desproporcionado na vida e na carreira das mulheres
Questionamos 5.000 mulheres no mercado de trabalho em 10 países, para perceber o impacto da pandemia da COVID-19 e o estado da igualdade de género no local de trabalho. As participantes variaram entre grupos etários e os dados do questionário também permitiram uma análise intersectorial de raça e etnia, orientação sexual e identidade de género.
As mulheres indicaram que estão mais stressadas e desanimadas desde o início da pandemia, uma vez que assumem cada vez mais responsabilidades em casa e nas suas carreiras. As mulheres continuam a enfrentar ainda muitos comportamentos não inclusivos sem o apoio adequado das suas chefias directas e das empresas em geral. Muitas empresas têm políticas e procedimentos para denunciar preconceitos e discriminação, mas poucas cultivaram culturas de confiança em que as mulheres se sintam à vontade para expressar as suas preocupações sem receio de impactos negativos na carreira.
A pandemia e as respostas insatisfatórias das empresas às pressões abrangentes sobre as mulheres estão a forçar muitas mulheres a tomar decisões difíceis sobre a possibilidade de encontrarem outro emprego ou mesmo de abandonarem completamente o mercado de trabalho. Este é um momento crítico para as empresas compreenderem as mudanças que as mulheres querem e precisam, que aconteçam rapidamente. Esperamos que este relatório ajude as organizações a minimizar as consequências a longo prazo da pandemia e a reconstruir locais de trabalho com culturas mais inclusivas e de elevada confiança, preparadas para o futuro.
Leia a sinopse da Deloitte Insights
Principais conclusões
O nosso questionário global revela que as mulheres estão mais stressadas e pessimistas em relação às suas carreiras do que antes da pandemia. A pandemia teve um impacto negativo no bem-estar e na relação das mulheres com as empresas para as quais trabalham, mas as culturas de longa data não inclusivas no local de trabalho também continuam a impedir a progressão na carreira das mulheres.
O relatório global revela que 51% das mulheres estão menos optimistas em relação às suas perspectivas de carreira do que antes da pandemia
Os progressos em matéria de igualdade entre homens e mulheres estão em risco durante a pandemia
O nosso relatório mostra como o bem-estar das mulheres foi gravemente afetado numa série de medidas, desde a saúde mental à satisfação profissional. A pandemia teve um impacto ainda maior nas carreiras das mulheres de grupos sub-representados. Um pequeno grupo de "líderes da igualdade de género" tomou medidas para criar culturas do "dia-a-dia" positivas para as mulheres, mas a maioria das empresas tem um longo caminho a percorrer para promover ambientes inclusivos, onde as mulheres possam prosperar e queiram ficar.
Clique em cada um dos separadores abaixo para ver as comparações entre as "organizações líderes em igualdade de género" e as "organizações menos evoluídas".