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Perspectivas para o setor de Power & Utilities 2026

As empresas de serviços públicos estão sob pressão para atender às demandas energéticas da economia da IA, mantendo a acessibilidade. A Deloitte explora estratégias que podem ajudar o setor a se transformar mais rapidamente e a construir resiliência.

 

A demanda por eletricidade começou a crescer rapidamente em 2025, impulsionada pelo avanço da inteligência artificial, pela eletrificação dos transportes e da indústria. Segundo análise da Deloitte, a demanda máxima pode aumentar cerca de 26% até 2035, pressionando a infraestrutura atual. Os data centers devem consumir até 176 GW nesse período – cinco vezes mais que em 2024 – e a eletrificação industrial pode adicionar 25GW até 2030. Apesar disso, a expansão da oferta de energia não acompanha o ritmo, com foco crescente em fontes renováveis, que representaram 93% da nova capacidade instalada até julho de 2025, sendo 83% provenientes de energia solar e armazenamento.

Em 2026, o desafio para as concessionárias de energia será fornecer rapidamente capacidade ininterrupta ou “firme” para as partes sobrecarregadas da rede. A acessibilidade para o cliente continuará sendo um ponto de pressão central, à medida que os preços no varejo continuam a subir.

Para enfrentar esses desafios, o relatório "Perspectivas para o setor de Power & Utilities 2026" da Deloitte explora as estratégias que as empresas de serviços públicos podem usar para responder:

Nos próximos 12 meses, os serviços públicos continuarão a passar do planejamento para a execução. Eles enfrentarão uma pressão crescente para manter os projetos de capacidade dentro do cronograma, reduzir o racionamento e diminuir os custos.

Em 2026, a interconexão baseada em desempenho poderá vincular cada vez mais a prioridade da fila à telemetria e à flexibilidade. Espera-se que as regras de adequação de recursos comecem a reconhecer a carga flexível combinada com baterias de quatro horas como um recurso de capacidade confiável. É provável que as tarifas dinâmicas se disseminem, expondo os hiperescaladores a sinais em tempo real.

As empresas do setor estão sob pressão para oferecer maior confiabilidade com os mesmos recursos. Isso exige análises e automação para impulsionar a eficiência operacional e de capital, criando a base para ampliar a implementação de inteligência artificial. A adoção em escala empresarial está sendo impulsionada por duas forças convergentes:

Energia para IA: concessionárias se preparam para o aumento da demanda de data centers.
IA para energia: a inteligência é incorporada para otimizar a rede elétrica. 

Em 2026, a resiliência do fornecimento se tornará parte essencial do planejamento de confiabilidade. Espera-se que as concessionárias de energia integrem contratos de fornecimento plurianuais e com múltiplos fornecedores, incorporem tecnologias que aprimorem a rede e utilizem ferramentas digitais para monitorar os riscos de fornecedores e estoques em tempo real.

A estratégia de investimento provavelmente será medida menos pelo gasto bruto e mais pela capacidade por dólar e pelo impacto na conta de luz por megawatt adicional. As concessionárias que conseguirem combinar projetos autofinanciados com parcerias, financiamento por meio de securitização e modelos baseados em resultados provavelmente fornecerão mais capacidade, mais rapidamente, sem sobrecarregar os clientes.

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