Após uma média de 5,8% entre 2000 e 2020, as margens de lucro líquido caíram drasticamente em 2023 e permaneceram baixas no primeiro semestre de 2025. Em resposta, as empresas químicas começaram a implementar medidas como cortes de custos, reestruturações, fechamentos e desinvestimentos em 2023. Para continuar a enfrentar esses desafios em 2026, espera-se que as empresas intensifiquem seu foco na geração de caixa e no reequilíbrio do portfólio de maneira mais estratégica e baseada em dados.

A indústria química há muito tempo adapta suas cadeias de suprimentos às flutuações da demanda, às mudanças regulatórias e à volatilidade dos preços da energia, gerenciando riscos, incorporando flexibilidade e aumentando a resiliência. Espera-se que as empresas continuem implementando essas medidas para responder às incertezas atuais.

Em abril de 2025, o Índice de Incerteza da Política Econômica Global (EPU Global) atingiu um recorde histórico, após o anúncio das tarifas recíprocas em 2 de abril, deixando as empresas incertas quanto aos impactos na cadeia de suprimentos. Embora novos acordos comerciais e anúncios relacionados tenham trazido alguma clareza desde então, a incerteza persistente pode prejudicar alguns investimentos em 2026. 

A indústria química é diversificada, com cada empresa oferecendo um portfólio de produtos exclusivo com diversas aplicações que atendem a múltiplos mercados finais. Assim, algumas empresas estão mais expostas do que outras ao atual cenário de fraca demanda. No próximo ano, a demanda por produtos químicos deverá permanecer fraca devido a possíveis recessões em vários mercados finais importantes, incluindo construção, automotivo e bens de consumo – mas o mercado de semicondutores pode oferecer oportunidades de crescimento.

Apesar do ciclo de baixa, espera-se que as empresas químicas continuem inovando em produtos, processos e modelos de negócios. A inovação é vital em períodos como este para impulsionar o crescimento, construir resiliência e obter vantagem competitiva. Ela possibilita a diferenciação, a entrada em novos mercados e a capacidade de resposta às necessidades em constante evolução dos clientes.

A adoção de inteligência artificial está acelerando e a expectativa é que continue até 2026, apesar das restrições orçamentárias. Atualmente, 51% dos fabricantes dos Estados Unidos utilizam inteligência artificial em suas operações diárias, e 80% afirmam que ela é essencial para o crescimento ou a manutenção de seus negócios até 2030. Hoje, as aplicações de IA estão sendo adotadas para aumentar a eficiência e reduzir custos, mas, com o tempo, elas poderão transformar o setor.