A ausência de uma gestão de riscos na cadeia de relacionamento de uma empresa expõe a operação à vulnerabilidade de se associar
a parceiros cujas práticas são incompatíveis com seus valores e reputação.

Não conhecer seus terceiros representa um risco significativo, com potencial para gerar impactos reputacionais, sanções regulatórias e perda de credibilidade junto ao mercado — como por exemplo, o envolvimento com organizações associadas a práticas ilícitas, como trabalho análogo à escravidão ou corrupção.

A companhia pode ser responsabilizada por condutas indevidas praticadas por administradores, colaboradores ou terceiros que atuem em seu nome. A falta de engajamento efetivo desses públicos com a cultura de integridade compromete a adesão aos princípios e procedimentos da organização, podendo resultar em falhas de conformidade ao longo da cadeia de negócios e na exposição a riscos regulatórios e reputacionais.

Em muitas organizações, colaboradores deixam de
relatar condutas inadequadas por medo de retaliação, falta de confiança no processo ou ausência de canais de denúncias seguros e anônimos.

Esse silêncio pode comprometer a cultura ética, expor a empresa a riscos legais e prejudicar a transparência interna. Além disso, a pressão por conformidade com legislações como a LGPD e as Leis 14.457/22 e 14.611/23 torna ainda mais urgente a necessidade de um ambiente onde denúncias possam ser feitas com segurança e credibilidade, e fortalecem a cultura de integridade. Ignorar esses sinais pode custar caro — em reputação, em confiança e em responsabilidade legal.

A coleta manual ou não qualificada de dados para
análise do background jurídico, reputacional, de integridade e financeira de parceiros, fornecedores ou clientes representa um uso ineficiente de tempo e recursos.

Esse processo compromete a agilidade na identificação de riscos, eleva a probabilidade de inconsistências e limita a capacidade de resposta da organização diante de ameaças potenciais em sua cadeia de relacionamento.

A falta de controle estruturado sobre os planos de ação compromete a execução das estratégias e dificulta a mensuração de resultados.

Em ambientes corporativos complexos, a ausência de visibilidade e integração entre áreas pode gerar atrasos, retrabalho e falhas na mitigação de riscos, impactando diretamente a eficiência operacional.

O monitoramento contínuo do Programa de Integridade é um dos parâmetros de avaliação definidos no Decreto 11.129/2022. A ausência de automação e integração nos controles, dificulta a efetividade do monitoramento do Programa de Integridade, podendo gerar ineficiência, falhas de monitoramento e baixa visibilidade sobre a exposição aos riscos.

A falta de recursos tecnológicos avançados impede a identificação proativa de ameaças, deixando a organização vulnerável a eventos que poderiam ser evitados. Sem análises preditivas e modelos baseados em dados, os riscos só são tratados após causarem impacto, comprometendo a eficiência operacional e a tomada de decisões estratégicas.

A realização manual e pontual de auditorias, aliada à ausência de automação no acompanhamento dos controles internos, compromete a consistência das análises e dificulta o acesso ao histórico de dados e regras aplicadas. Isso gera retrabalho, perda de conhecimento e divergências nos resultados ao longo do tempo.

Além disso, limita a capacidade de adaptação às mudanças do ambiente de negócios, aumenta a exposição a riscos e sobrecarrega as equipes com tarefas operacionais, reduzindo a agilidade e a eficácia das ações corretivas.