Em 2020, a Covid-19 obrigou centenas de milhões de pessoas em todo o mundo a mudar seus padrões de trabalho – em alguns casos, literalmente da noite para o dia. Foi um ano difícil para muitos, mas, para aqueles que conseguiram trabalhar à distância, o período possibilitou um certo grau de continuidade na vida profissional.
A velocidade e, em grande parte, a eficácia com o que o trabalho é transferido para casa destaca o desenvolvimento da tecnologia digital nos últimos 10 anos. Há apenas uma década, o único dispositivo digital doméstico disponível nos mercados avançado era o PC. O smartphone era, ainda em 2010, um produto exclusivo, pertencente a uma minoria de consumidores e conectado às redes 3G. Naquele período, as redes de banda larga domésticas foram configuradas para conectar apenas alguns dispositivos, principalmente via cabo.
Anos depois, em 2020, a maioria das residências em mercados avançados são conectadas a velocidades de banda larga super rápidas com mais de 30 megabits por segundo (Mbps). De fato, em todo o mundo, centena de milhões de residências estão conectadas diretamente à fibra. Adicionalmente, as conexões 5G podem fornecer velocidades de download de centenas de megabits por segundo.
Pensando nessas mudanças, a Deloitte global entrevistou trabalhadores em 16 países entre maio e agosto de 2020, cada um em diferentes estágios de isolamento social. Pesquisamos o desempenho da tecnologia, bem como o ânimo dos profissionais. A população do levantamento refletiu uma amostra relativa a cada país, onde a abordagem online levou a uma alta concentração de profissionais urbanos. As pessoas entrevistadas na maioria dos países tinham entre 18 a 75 anos.