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O impacto positivo das joint ventures para o setor de saúde no Brasil

Com média de 2,1 leitos para cada mil habitantes - índice abaixo da média mundial (2,9) – segundo o Observatório ANAHP 2023, país tem o desafio de expandir o número de hospitais e de suprir a necessidade por mais vagas. Alianças entre organizações surgem como boa estratégia para o setor no Brasil

A implementação estratégica de joint ventures, modelo de parceria comercial ou aliança entre empresas, para a expansão hospitalar no Brasil responde à crescente demanda por leitos, ao mesmo tempo em que sinaliza um momento positivo para o setor da saúde na perspectiva de mercado. Ao olhar de forma mais aprofundada os benefícios econômicos e sociais, torna-se evidente que esta abordagem colaborativa é uma grande oportunidade para transformar o panorama do segmento no país. Essa sinergia promove, entre outros fatores, a criação de empregos, o estímulo ao setor de construção civil e abre portas para um crescimento sustentável. Ao atrair planos de saúde, outros prestadores e/ou investidores especializados, os hospitais têm a possibilidade de expandir suas instalações e fortalecer suas bases financeiras. Essa estabilidade contribui para a competitividade, estimulando o desenvolvimento de soluções inovadoras e serviços diferenciados. Quem ganha é a população, que busca cada vez mais qualidade no atendimento, inclusive, migrando para o serviço privado.

É importante destacar que o Brasil conta com cerca de 6,3 mil unidades de saúde, entre públicas e privadas. Juntas, elas contabilizam cerca de 500 mil leitos. Parece um grande volume, mas a demanda é considerável. Enquanto a média mundial é de 2,9 leitos para cada mil habitantes, nosso índice é de apenas 2,1, segundo o Observatório ANAPH 2023, feito pela Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAPH). Os números evidenciam uma lacuna e mostram que não somente há muito espaço para novos investimentos, como se fazem necessários. Mesmo diante da possibilidade de melhor utilização dos leitos e o desafio de diminuir as diferenças de oferta de leitos nas diferentes regiões do país a expectativa é de que nos próximos três anos essa diferença seja reduzida, tendo em vista as unidades que serão inauguradas neste período, representando uma ampliação no número de vagas. 

Neste cenário, as joint ventures também permitem que os hospitais incorporem tecnologias de ponta, implementem melhores práticas de gestão e, ainda, adquiram e apliquem conhecimentos inovadores. São ações que fortalecem a saúde local e resultam na evolução do setor como um todo.  Essa colaboração entre hospitais e demais prestadores, planos de saúde e investidores especializados, além de toda a fusão de experiências, possibilita soluções inéditas – desde modelos de atendimento mais eficientes até a incorporação de tecnologias disruptivas, trazendo à mesa para conversa e colaboração empresas até então posicionadas em lados diferentes e que nesse momento passam a posicionar o paciente e suas necessidades como ponto central e fundamental no negócio. A capacidade de inovar tem se tornado um diferencial competitivo e bastante significativo no mercado de saúde, posicionando a cidade de São Paulo como um centro de referência em práticas médicas avançadas. 

Investidores, reconhecendo o potencial do segmento em expansão, não só participam ativamente dessas empreitadas como também exploram oportunidades adicionais. O caminho é árduo e o impulso dessa expansão precisa ter uma abordagem estratégica, com expertise aprimorada. A Deloitte – organização com o portfólio de serviços profissionais mais diversificado do mundo –, dentro da sua vasta experiência em conduzir análises de viabilidade, avaliação de riscos e projeções de retorno, observa que é mais seguro para o investidor identificar as melhores oportunidades de joint ventures que alinhem os seus interesses com os objetivos dos hospitais. Assim, os envolvidos estarão cobertos de informações precisas para tomar decisões sólidas e bem fundamentadas para contribuir com o crescimento sustentável do setor.

Ao promover o desenvolvimento econômico, a inovação e a competitividade, São Paulo está no caminho certo para se tornar um polo vibrante no mercado de saúde, oferecendo benefícios não apenas para os stakeholders do setor, mas para toda a cidade, servindo de modelo para os demais estados do Brasil.

 

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