"O futuro está na Ásia": A Deloitte vira-se para Leste

A região da Ásia-Pacífico alberga seis das 10 economias de crescimento mais rápido do mundo. Não é de estranhar, portanto, que seja também a região de crescimento mais rápido da Deloitte.

A Deloitte tem estado ligada à região da Ásia-Pacífico quase desde que existe. No início da sua história, a Deloitte foi um dos principais auditores de empresas de cabos telegráficos, incluindo as que tinham negócios na China e na Austrália. Na primeira década do século XX, o sócio da Deloitte, Lionel Maltby, conduziu negócios em Singapura, e Charles Morris, da Haskins & Sells, esteve ativo nas Filipinas, no Japão e na Nova Zelândia. Em 1910, a Deloitte e a George A. Touche & Co. abriram escritórios nas Índias Orientais Holandesas, atualmente Indonésia, para tirar partido do boom da borracha. Este facto marcou a primeira colaboração entre duas organizações que viriam a unir-se oficialmente 79 anos mais tarde.

Os escritórios da Haskins & Sells em Xangai abriram em 1917, sendo considerados a "Grande Empresa de Contabilidade Americana", mas fecharam durante a Segunda Guerra Mundial, tal como os escritórios em Manila. No entanto, a Deloitte e as empresas que a antecederam expandiram-se rapidamente na região no pós-guerra: A Deloitte chegou à Austrália em 1949 e ao Japão em 1955; a Touche, Niven, Bailey & Smart chegou à Nova Zelândia em 1961. As empresas que viriam a tornar-se membros já existiam em muitos destes países, incluindo a Austrália (início da década de 1880), a Índia (1893), a Nova Zelândia (1872) e a Malásia (1968). A Anjin, a atual empresa coreana membro (e originalmente uma empresa Andersen), data de 1987. Em 2005, fundiu-se com outra empresa antiga, a Hana, para criar a Deloitte HanaAnjin. Outra empresa antiga que foi essencialmente absorvida por uma das outras é a Ahn Kwon & Co., que era uma empresa correspondente da Deloitte Haskins & Sells em 1978. A empresa membro da Touche Ross antes da fusão, a San Kyong & Co., foi fundada em 1974.

No início dos anos 2000, a Deloitte demonstrou o seu interesse na região com um investimento de 150 milhões de dólares na China (seguido de um novo investimento de 160 milhões de dólares em 2012), ao mesmo tempo que estabeleceu laços mais estreitos entre as firmas-membro da China e de Taiwan. A criação da Deloitte Southeast Asia e, em 2018, a criação da Deloitte Asia Pacific, vieram a estabelecer novas fronteiras.

Este investimento significativo da Deloitte - mais 138 milhões de dólares para financiar a combinação - não só beneficiará a firma da Ásia-Pacífico e a atividade regional dos seus clientes, mas também apoiará os clientes da Ásia-Pacífico que fazem negócios fora da região e os clientes não sediados na Ásia que fazem negócios na região. A firma-membro unificada dá à Deloitte uma vantagem competitiva, melhora a sua capacidade de servir os maiores clientes globais e ajudará a atrair e reter talentos, e que está planeada para se estender da Índia ao Japão e da Coreia à Austrália.

A iniciativa "Tilt to Asia" deu prioridade aos dois grupos de serviços da Deloitte, para a China e para o Japão, servindo tanto as empresas multinacionais locais como as de fora da região. Estão também a ser feitos grandes investimentos para expandir a consultoria tecnológica e os serviços cibernéticos, bem como para servir os indivíduos de elevado património líquido e as empresas familiares em rápido crescimento no segmento privado.