Executivos geralmente são contratados para impulsionar a melhoria do negócio e não apenas para manter o status quo, mas mudanças podem ser desconfortáveis para os stakeholders. Os profissionais que chegam do mercado provavelmente terão que construir a capacidade de influenciar outros stakeholders para impulsionar a implementação dessas mudanças e melhorar o desempenho.
O ponto de partida para desenvolver uma estratégia de influência é mapear onde você precisa gastar tempo e esforço convencendo outros a apoiar suas iniciativas. Uma maneira eficaz de fazer isso é determinar quem, entre os seus stakeholders, provavelmente será um apoiador, ouvinte ou opositor de suas iniciativas-chave.
Uma maneira de realizar esse mapeamento é criar uma tabela, como a ilustrada abaixo, para listar as principais iniciativas-chave, nas linhas, e cada stakeholder (começando com o indivíduo mais influente), nas colunas. Em seguida, preencha o restante da grade com uma cor indicando o grau de apoio dos stakeholders à iniciativa, como, por exemplo, verde para apoiadores, amarelo para ouvintes, laranja para resistentes e vermelho para opositores. Veja a tabela abaixo:
Há algumas maneiras de interpretar o mapa de influência. Quanto mais o stakeholder for relevante para sua mudança, provavelmente mais tempo você levará comunicando e engajando-o sobre a iniciativa. Quanto mais pontos amarelos e vermelhos em uma linha, mais esforços serão necessários para persuadir e influenciar os stakeholders a apoiarem a respectiva iniciativa e entregá-la com sucesso. Quanto mais indicações vermelhas e laranjas em uma coluna, maior o esforço e o foco necessários para convencer o stakeholder em particular a apoiar as suas iniciativas. Entender o mapa de influência pode ajudar a priorizar os esforços necessários junto aos stakeholders e definir qual estratégia de influência impulsiona as suas iniciativas.
Como no caso de questões de talentos, os executivos recém-contratados devem investir nos relacionamentos com os stakeholders o mais cedo possível. Eles podem começar ouvindo o que está funcionando e o que não está funcionando a respeito de sua área de responsabilidade. Tais investimentos contínuos na construção de relacionamentos podem gerar o retorno da influência em um momento posterior em que será necessário.
Existem muitos modelos de influência, como os seis princípios de influência de Cialdini: consistência, reciprocidade, evidência social, autoridade, simpatia e escassez.
Confira três tipos de influência para três tipos de resistência:
Os executivos que recém chegam do mercado geralmente são contratados para melhorar o desempenho e impulsionar mudanças. A entrega dessas mudanças pode exigir o consentimento e o apoio de outros executivos-chave. Exercitar a influência para conseguir patrocínio e promover mudanças pode variar de conversas que alavancam a semelhança à negociação de moedas de influência, alinhando compromissos e ações dos stakeholders. Em alguns casos difíceis, os executivos que chegam podem ter que exercer o poder – com base na autoridade de sua posição hierárquica ou a autoridade de outros stakeholders mais poderosos, pressão social e recursos escassos – para obrigar a outra parte a desenvolver ações mais colaborativas. Dessa forma, para entender a influência, como ponto de partida, deve-se investir em relacionamentos para construir capital social – que podem ser essenciais para que os executivos acumulem moedas de influência suficientes para negociar ou estabelecer coalizões entre os pares e alcancem os seus objetivos.