O conhecimento das lideranças sobre a área de atuação e o funcionamento dos negócios faz toda a diferença nos resultados das organizações. Dados da ‘Análise Executivo de TI - Desafios que impactam a carreira e a gestão do líder de tecnologia’, estudo realizado pela Deloitte – organização com o portfólio de serviços profissionais mais diversificado do mundo - e pela IT Mídia - hub de conteúdo, relacionamento e negócios da área de TI - mostram que, para os CIOs (Chief Information Officer - ou diretor de Tecnologia da Informação, em português) “estar atento à situação geral da empresa, sendo proativo com a estratégia do negócio” é o principal atributo de um líder de TI. A pesquisa, que ouviu executivos do setor em todo o país, revela que 92% dos entrevistados acreditam que a ambidestria, ou seja, a capacidade de equilibrar a eficiência operacional e a exploração de novas oportunidades, é a melhor abordagem para gerenciar conflitos e para garantir resultados a curto prazo.
Outros quatro fatores completam a lista de atributos: formar equipes com conhecimentos e capacidades diferentes e complementares; conhecer as capacidades de cada liderado e saber designar o profissional mais adequado para as atividades; sempre motivar os times, enfatizando suas contribuições para a empresa; e fomentar e estar aberto a novas ideias e sugestões. Já os principais desafios apontados pelos executivos foram: escassez de profissionais; ter um número de profissionais adequado às demandas; e destacar a relevância de TI perante a alta administração e área de negócios.
“O estudo deixa claro que são pontos essenciais para o líder de TI: ambidestria para liderar, aliando eficiência e inovação; foco além das competências técnicas, como a clareza e a transparência na comunicação entre o líder de TI e sua equipe, fundamental para garantir não só a fluidez no dia a dia do trabalho, como para conseguir gerenciar incertezas e transpor momentos de crise; e uma visão holística sobre o negócio e a equipe, pois ao ter uma visão geral do mercado e da situação atual de sua empresa, o líder de TI pode atuar de forma mais cirúrgica no negócio”, afirma Ronaldo Fragoso, sócio-líder do CIO Program da Deloitte.
A análise foi feita entre maio e julho de 2023 e teve como objetivo o mapeamento do perfil, desafios, preocupações e abordagens dos líderes de TI. Ao todo, foram ouvidos 298 profissionais, sendo 43% C-level, 37% diretoria e 20% gerencial. Desses, 71% têm mais de 5 anos de experiência no mesmo cargo e 51% atuam há mais de cinco anos na mesma empresa. Ainda sobre o perfil dos entrevistados, 86% se identificam com o gênero masculino e 13% com o gênero feminino. A maioria (49%) tem entre 41 e 50 anos. Sobre as organizações representadas, 70% delas têm faturamento acima de R$ 1 bilhão e 79% estão localizadas na Região Sudeste.
Atuação e temas relevantes Entre os principais setores de atuação dos respondentes, a maioria (18%) é do agronegócio e extrativas; 13% comércio e serviços; 13% manufatura; 13% serviços financeiros; 12% TI e telecom; 11% educação e saúde; 10% infraestrutura e 7% são de outros setores. Entre os assuntos mais relevantes, os líderes de TI citaram: tendências (95%); social (95%); tecnologia (94%); saúde (76%); qualificação (61%) e lazer (41%).
Estratégias motivacionais
Como estratégias para motivar a equipe os líderes citam: fornecer tempo e recursos para experimentação e prototipagem; proporcionar oportunidades de desenvolvimento e crescimento profissional; reconhecer e elogiar publicamente os bons resultados. Já as melhores abordagens de liderança, segundo o levantamento, são: constantes desafios ou novas oportunidades; reconhecimento de seus líderes; espaço para ideias e sugestões; salário; e pacote de benefícios. Já os principais motivadores para reter um profissional de TI, na opinião da liderança feminina, são: espaço para ideias e sugestões; constantes desafios ou novas responsabilidades; e o reconhecimento de líderes.
"Motivação é uma das bases mais importantes para manter o funcionamento do ecossistema corporativo, especialmente nesse mercado, que carece de avidez, criatividade e inovação", aponta André Cavalli, CEO da IT Mídia. "É necessário traçar estratégias que vão além dos benefícios trabalhistas, que alcancem a carreira e o objetivo de cada profissional, de forma individual", completa.
Comunicação e gerenciamento de incertezas
Segundo a análise, 51% dos CIOs acreditam que a comunicação é a principal habilidade para a eficácia de um líder. A qualidade se torna ainda mais relevante quando a pesquisa segmenta os entrevistados pelo gênero: para 68% das mulheres ouvidas a comunicação é a principal habilidade para a eficácia de uma liderança. Entre os homens, o percentual é bem inferior (49%). Em momentos de crise, 81% dos respondentes afirmam que se comunicam de forma clara e transparente, ouvindo as preocupações e colaborando com a equipe para encontrar soluções. Enquanto 51% disseram que mantêm a equipe informada e esclarecem dúvidas.
“O modelo de transformação digital requer das organizações algumas competências, como conhecimento em IA Generativa, Cloud e outras tecnologias, da equipe e das parcerias, pois é muito difícil desenvolver tudo isso sem nenhum apoio. Hoje, as empresas têm demandas ilimitadas para recursos limitados. As organizações devem manter o entendimento do mercado, do momento atual, de transformação digital, investimentos. É preciso olhar de forma diferente e enxergar as possibilidades do ecossistema de tecnologia”, afirma Rodrigo Oliveira, sócio de Enterprise, Technology & Performance da Deloitte.
Sobre a IT Mídia
A IT Mídia é um hub de conteúdo e relacionamento que surgiu em 1997, com a finalidade de gerar negócios na indústria de Tecnologia. O grupo é responsável pelos principais eventos do setor no país, além de premiações em reconhecimento aos profissionais que atuam na área. Com o propósito de ajudar na evolução desse mercado, atua para unir executivos de grandes corporações a empresas de tecnologia. O objetivo é promover encontros que levem informação e inovação a todos.
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