No pós-pandemia, ao longo dos próximos anos, as mudanças climáticas serão uma das prioridades na agenda política das cidades em todo o mundo. O estudo global da Deloitte “Construindo cidades resilientes” examina as principais áreas de ação climática a partir de cinco aspectos-chave, e como a sociedade tem endereçado o progresso da pauta.
Dentro dessa análise, 97% dos cientistas climáticos concordam que as tendências do aquecimento global nos últimos tempos se devem às atividades humanas. Essa conclusão ficou clara em 2020, durante a desaceleração econômica trazida pela pandemia e o consequente isolamento social que resultou na redução das emissões globais em 7% (ou quase 2,4 bilhões de toneladas de CO2) em comparação a 2019. Contudo, as emissões de carbono devem retornar aos níveis anteriores – e até mais – conforme as atividades econômicas e sociais retomem.
Um quarto das lideranças municipais entrevistadas disseram que consideram as mudanças climáticas e os riscos ambientais como os principais desreguladores externos. Além disso, cerca de metade das cidades tiveram progressos consideráveis em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de “Ação Climática” da ONU – mas existem grandes variações regionais.
Não há dúvida de que as mudanças climáticas e seus efeitos continuarão a ser uma questão importante na próxima década. As cidades devem desenvolver uma abordagem diferente da já utilizada para enfrentar desafios. Os cinco aspectos abrangem pontos de vista tradicionais de mitigação e adaptação para ajudar lideranças que gerenciam cidades a identificar oportunidades de ação.