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CFO Survey Moçambique 2025

Optimismo prevalece face aos riscos

Os CFOs estão confiantes em relação ao desempenho financeiro das suas empresas, apesar dos desafios impostos pelos riscos geopolíticos.

Num contexto crescente de incertezas financeiras e riscos geopolíticos, o papel dos Chief Financial Officer é crucial para equilibrar a gestão cautelosa e a visão estratégica, guiando as empresas rumo a um crescimento sustentável, principalmente em territórios marcados por elevada vulnerabilidade externa.

Em Moçambique não é diferente, os riscos geopolíticos têm afectado directamente a actividade financeira das empresas, promovendo um ambiente de elevada incerteza económica e financeira, o que se reflecte numa postura mais prudente por parte dos CFOs.

Neste contexto, a Deloitte conduziu o primeiro CFO Survey em Moçambique, para dar a conhecer a visão geral dos executivos financeiros seniores do país sobre questões críticas de negócios, prioridades estratégicas e os factores que eles actualmente consideram vitais.

Principais conclusões:

  • Cerca de 50% dos CFOs em Moçambique mostram-se optimistas quanto ao futuro financeiro das suas empresas. Este resultado enquadra-se no contexto do fim do período de instabilidade política e social, trazendo um crescimento moderado expectável para Moçambique de 2,5% para 2025 e de 3,5% para 2026. Como reflexo deste sentimento, cerca de 71%, 68% e 65% dos CFOs prevêem, respectivamente, a manutenção e/ou aumento das receitas, das margens operacionais e das despesas de capital, nos próximos 12 meses.
  • Os CFOs em Moçambique pretendem priorizar estratégias focadas na redução de custos (86%) e a digitalização (71%). Para tal, prevêem reduzir as despesas operacionais, moderar a contratação de novos colaboradores e investir na digitalização.
  • O financiamento das despesas de investimento por meio de financiamento interno e capital próprio (considerado por cerca de 57% e 54%, respectivamente) é o mais atractivo entre os CFOs em Moçambique. A maioria dos CFOs prefere deixar em segundo plano a contratação de empréstimos bancários e/ou a emissão de empréstimos obrigacionistas, considerando-as menos atractivas.
  • Cerca de 84% dos CFOs em Moçambique considera alto o nível global de incerteza financeira e económica a que está sujeita a sua empresa. Como consequência, a aversão ao risco é elevada, com 79% dos CFOs a afirmar que este não é um bom momento para assumir riscos no seu balanço.
  • Os riscos geopolíticos (86%) e as flutuações cambiais (93%) estão entre as maiores preocupações dos CFOs em Moçambique. Destaca-se entre as inquietações ao nível do mercado cambial, a possibilidade de escassez da moeda estrangeira e uma desvalorização da moeda.
  • Cerca de 86% dos CFOs consideram os riscos geopolíticos como significativos para o seu negócio, tanto no que diz respeito aos seus objectivos estratégicos como CFOs, como em relação ao impacto nas vendas e cadeias de abastecimento. Para lidar com este cenário, muitas empresas têm adoptado medidas preventivas, tendo uma postura proactiva recorrendo a planeamento de cenários, avaliações de impacto, entre outras iniciativas.

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