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Scaling regenerative agriculture in the Netherlands

Quais são os benefícios da agricultura regenerativa?

A pressão sobre os limites ambientais afecta a produtividade dos sistemas agrícolas, o que tem consequências negativas para a segurança alimentar e os preços. Esta espiral descendente realça a importância crescente de reformular os nossos sistemas alimentares. Ao contrário da agricultura intensiva e dos desafios que lhe estão associados, a agricultura regenerativa ajuda a satisfazer as necessidades em evolução da sociedade no que respeita à limitação do impacto no planeta e nas pessoas.

Os métodos agrícolas actuais podem deixar um legado ambiental prejudicial e produzir alimentos de menor valor nutricional em comparação com anos anteriores. Ao remodelar os sistemas alimentares, podemos ser bem-sucedidos em diferentes áreas:

  • redução das emissões de gases com efeito de estufa;
  • redução do consumo de água doce;
  • redução da poluição por nitratos;
  • melhoria da qualidade e da fertilidade dos solos;
  • aumentar a biodiversidade;
  • e cultivar culturas mais ricas em nutrientes.

 

Para reflectir


Os Países Baixos, devido aos seus métodos agrícolas intensivos (embora eficazes), têm resultados pouco invejáveis no que respeita, particularmente, à utilização de nitratos e à qualidade da água, o que leva a que haja uma pressão crescente no sentido da mudança. Os agricultores têm todo o gosto em apoiar esta inovação, mas há desafios que se lhes colocam. Por exemplo, há o aumento contínuo da procura de alimentos, que se deve, em grande parte, ao crescimento da população e às preocupações com a segurança alimentar e com os preços. Qualquer nova abordagem deve ser capaz de gerar uma oferta suficiente. Por outro lado, para além de satisfazer o consumo interno, os Países Baixos exportam cerca de 80 mil milhões de euros em produtos agrícolas, o que contribui para a degradação dos solos e perda de biodiversidade, afectando as culturas e o ambiente. Por conseguinte, o que está em jogo tem uma dimensão bastante relevante e envolve muitos intervenientes que colaboram ao longo da cadeia de valor, incluindo os fornecedores de alimentos para animais e de sementes, os retalhistas e os distribuidores.

Os benefícios para o planeta, decorrentes da aplicação de práticas alternativas na produção de alimentos, são claros, porém, os benefícios e riscos para os envolvidos na sua produção, juntamente com uma legislação ambiental e uma política governamental cada vez mais abrangentes, serão factores decisivos para como e quando a mudança ocorrerá.

O que é a agricultura regenerativa?


Uma abordagem alternativa aos actuais métodos de agricultura intensiva em grande escala é a "agricultura regenerativa", que está a ganhar a atenção do público e de instituições influentes. Esta abordagem mais holística tem como objetivo satisfazer a procura e, ao mesmo tempo, melhorar a saúde dos ecossistemas — principalmente através da recuperação dos solos e de uma maior integração da natureza e da agricultura. Os princípios e práticas da agricultura regenerativa incluem a redução da lavoura, o pastoreio planeado, a cobertura permanente do solo e a diminuição da utilização de produtos químicos. Os resultados incluem a redução das emissões de gases com efeito de estufa, a melhoria da qualidade da água, o aumento da biodiversidade, rendimentos agrícolas mais estáveis e uma maior resistência dos solos aos efeitos climáticos.

 

Quais são as oportunidades no âmbito da agricultura regenerativa?
 

Colher estas recompensas requer incentivos económicos e colmatar lacunas de conhecimento, bem como depende da complexidade de alterar as práticas agrícolas existentes, a fim de criar novos modelos de negócio viáveis. Tal como acontece com qualquer investimento, é fundamental compreender o período de retorno do mesmo e as opções de financiamento para os produtores — tal como as consequências da não adopção destes métodos em termos de diminuição da competitividade no mercado, redução do envolvimento das partes interessadas e penalizações pelo não-cumprimento da regulamentação ambiental.

Para os agricultores, a mudança é simples: a perda de rendimento evitada, o rendimento adicional dos créditos de carbono e a redução dos custos dos fertilizantes e da protecção das culturas devem ser incentivos suficientes. De facto, as práticas regenerativas neste segmento poderiam superar os métodos convencionais em cerca de 250 euros/ha após 6-10 anos.

Para os produtores de leite, a necessidade de mudança é mais complexa: é provável que os rendimentos sejam mais baixos, mas isso pode ser compensado por custos mais baixos de produtos, como os concentrados para animais, e atenuado através de subsídios e fluxos de rendimento alternativos semelhantes.

Como, juntos, podemos escalar a agricultura regenerativa


De modo geral, a agricultura regenerativa é promissora a longo prazo. Actualmente, estão a surgir muitos sinais positivos. Por exemplo, o Governo Holandês planeia investir 129 milhões de euros no Re-Ge-NL — um programa fortemente centrado na investigação e nas práticas regenerativas. Entretanto, a iniciativa internacional "4 por 1000" e programas mais vastos da UE, como o "Food to Fork", são outros exemplos de como a mudança está em curso.

Escalar a agricultura regenerativa nos Países Baixos descreve esta nova abordagem agrícola sustentável com mais pormenor, define os riscos e as recompensas para os intervenientes holandeses e identifica oportunidades de colaboração para acelerar a adopção. Faça o download do nosso novo point of view para saber mais.


Não
hesite em contactar João Machado para discutir oportunidades para o seu agronegócio.

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