Em processo de regulamentação, a Reforma Tributária vem sendo alvo de debates, críticas, elogios e dúvidas – seja nos âmbitos da União, estados e municípios; ou nas salas de decisões de empresas de diferentes setores. Devido à importância das mudanças propostas, os líderes das organizações trabalham de forma multidisciplinar na preparação para a implementação e a transição ao novo modelo tributário. A principal delas é referente à tributação sobre o consumo no Brasil, que será alterada significativamente devido a substituição dos tributos atuais (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por dois novos IVAs (Imposto sobre Valor Agregado) – a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).
A transição para o novo modelo ocorrerá de forma gradativa, com início em 2026 e conclusão em 2032. Durante esse período, os contribuintes terão que se adaptar às novas regras ao mesmo tempo em que conviverão com o regime de tributação atual – trazendo ainda mais desafios ao ambiente tributário do País, que já é conhecido por ser um dos mais complexos do mundo.
Nesse contexto, o caminho para uma implementação bem-sucedida da Reforma passa por uma análise que vai além das óticas tributária e financeira, considerando o contexto das demais estruturas operacionais das organizações, pois estas também serão impactadas.
Mas, de forma prática, quais são esses impactos esperados pelas diferentes áreas das empresas? A resposta é substancialmente ampla e varia de acordo com a organização, dependendo do seu setor de atuação, do tipo de operações que realiza no País, dentre outros fatores. De qualquer forma, é possível destacar alguns exemplos de reflexos diretos e indiretos oriundos da Reforma Tributária:
Os exemplos destacados indicam a importância do envolvimento tempestivo dos líderes de diferentes departamentos e a necessidade de avaliação abrangente dos impactos decorrentes da Reforma Tributária. A observação desses aspectos é essencial para o sucesso da implementação e transição ao novo modelo.