O ano de 2020 será lembrado por muitas coisas: a pandemia de Covid-19 e a desaceleração econômica associada, agitações social e política, para citar alguns. Mas o futuro também pode olhar para 2020 como um ano em que os governos em todos os níveis atingiram um ponto de inflexão – quando as forças motrizes que reconstruíram nosso mundo geraram mudanças há muito tempo esperadas na forma como o governo atende seus cidadãos.
A pandemia de Covid-19 acelerou – em alguns casos, por anos – o avanço do futuro do governo. Por necessidade, a resposta do governo à pandemia resultou em uma mudança rápida, de uma maneira geralmente não vista no setor público. Da telemedicina ao teletrabalho, de tribunais virtuais à educação virtual, de regulamentação ágil à digitalização quase instantânea – raramente na história moderna vimos tantos experimentos em grande escala no governo implementados em um pequeno intervalo de tempo e em escala tão massiva.
Mas a Covid-19 não é a única força que impulsiona a mudança no governo. Outras forças incluem o ritmo exponencial do avanço tecnológico, o aumento das expectativas dos cidadãos por maior transparência, a erosão da confiança no governo e em outras instituições e a necessidade de enfrentar desafios complexos e assustadores como alteração climática, mudanças demográficas massivas e redução do atrito causado por uma reestruturação fundamental da economia e dos negócios. O governo – uma instituição projetada para resistir a mudanças rápidas – agora enfrenta uma combinação de forças que parecem exigir mudanças fundamentais em como opera, como serve aos cidadãos, como gerencia sua força de trabalho e até mesmo como as políticas são feitas. O ambiente de hoje exige que os governos tomem novas ações de novas maneiras.
O artigo Creating the government of the future, desenvolvido pela Deloitte global, examina as forças de mudança que impulsionam a transformação do governo, as ferramentas dessa transformação e os cenários futuros do que é possível.