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Open Banking ao redor do mundo

Rumo a um ecossistema de dados compartilhados entre setores

A Europa pode ser considerada como o “berço” do Open Banking – afinal, o PSD2 (Payment Services Directive, na sigla em inglês) e o Open Banking Standard do Reino Unido foram os pioneiros. Entretanto, ao se olhar ao redor atualmente, é possível notar que iniciativas desse tipo estão surgindo em todos os lugares. Não se trata apenas de replicar a abordagem europeia: as jurisdições têm adotado metodologias próprias para o Open Banking, que refletem seus mercados e objetivos de política. Em alguns casos, são desenvolvidas abordagens intersetoriais para além dos serviços financeiros.
Open Banking ao redor do mundo

Leia o artigo completo (em inglês) 

A equipe da EMEA Center for Regulatory Strategy desenvolveu o artigo “Open Banking around the world”, que indica o status das iniciativas de Open Banking em países como Estados Unidos, Japão, Índia, Cingapura, Coreia do Sul e Austrália, além de analisar os principais impactos dessas iniciativas. Veja os principais destaques do artigo. 

Abordagens de Open Banking fora da União Europeia


É impossível listar todas as iniciativas de Open Banking existentes ao redor do mundo, visto que elas atravessam várias dimensões, incluindo cronogramas de implementação; a gama de produtos e serviços; e o tipo de instituições e terceiros abrangidos. No entanto, todas se enquadram em uma das duas categorias: orientados para o mercado ou orientados para regulamentações.
 

O papel principal da regulamentação de proteção de dados


O Open Banking na União Europeia e no Reino Unido pode ter começado, principalmente, como forma de promover a concorrência no setor bancário e de pagamentos. No entanto, vemos agora que seu impacto é muito mais amplo. O Open Banking promete criar uma nova infraestrutura de compartilhamento de dados, que formará a base de uma gama muito mais rica de serviços e produtos em toda a indústria financeira e, criticamente, em outros setores também.

Neste contexto, a regulamentação de dados terá um impacto transformador na forma e estrutura dos serviços financeiros, especialmente no contexto de compartilhamento de dados e portabilidade. Se está claro que o Open Banking e o compartilhamento de dados estão confundindo os limites entre os serviços financeiros e outras indústrias, ainda não sabemos se a colaboração entre os reguladores de serviços financeiros e as DPAs (Data Protection Authorities, na sigla em inglês) é suficiente para responder a esses desafios.
 

Olhando à frente


As iniciativas de Open Banking ainda estão nos estágios iniciais de implementação. Muito mais precisa ser feito por empresas e reguladores para aumentar a consciência do consumidor e alcançar escala, mesmo em jurisdições como o Reino Unido, onde as regulamentações de Open Banking já estão em vigor. A criação de um ecossistema de compartilhamento de dados entre setores, seguro e totalmente funcional, levará ainda mais tempo.

Qualquer instituição financeira que deseje ter sucesso neste novo ambiente precisará passar por uma revisão radical de sua estratégia de longo prazo, bem como de suas capacidades tecnológicas e operacionais. Acima de tudo, as IFs precisarão reconhecer que, de agora em diante, colocar os clientes totalmente no controle de seus dados será um imperativo comercial e regulatório.

Open Banking e a transformação no sistema financeiro

Em uma parceria com a TV Estadão, Sergio Biagini, sócio-líder da indústria de Serviços Financeiros da Deloitte, e Ivo Mósca, superintendente de Open Banking e Pix do Itaú e líder do Grupo de Trabalho de Open Banking pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), comentam as principais transformações que o Open Banking traz para as organizações e para o setor financeiro.

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