Artigo

Automação com inteligência

Reimaginar os negócios e modelos operativos

O inquérito global de automação inteligente da Deloitte analisa o impacto da COVID-19 nas estratégias de automação e a utilização da cloud e da automação como um serviço (AaaS) para assegurar escala e uma rápida implementação.

O ano de 2020 ficou marcado por uma aceleração dramática na adoção de tecnologias de automação por parte de empresas e organizações em grande parte devido à pandemia da Covid-19. De acordo com o Global Intelligent Automation 2020 da Deloitte, durante o ano de 2020, 73% das organizações recorreram a tecnologias de automação inteligente, contra os 58% registados em 2019.

O Global Intelligent Automation 2020 é um estudo que vai na sua 5ª edição e que analisa a forma como as empresas estão a olhar e a recorrer à Robótica e Automação e, nesta edição em particular, o impacto que a Covid-19 teve nesta área. O estudo é baseado num inquérito a 441 executivos de diversas indústrias de 29 países de todo o mundo incluindo Portugal.

A Covid-19 acelerou a necessidade de soluções de automação - especialmente aquelas que oferecem opções de escalabilidade e implantação rápida - dentro de organizações empresariais. De acordo com o estudo, dois terços (67%) dos líderes de negócio usaram a automação para responder ao impacto da pandemia Covid-19 e um terço acelerou os seus investimentos em automação com recurso à Cloud. Além deste dado, 13% dos líderes afirmam que a sua organização implementou mais de 50 automações, contra apenas 8% em 2019 e 4% em 2018.

Este aumento na implementação acabou por impactar também outras áreas das organizações. O estudo mostra que 23% dos trabalhadores viram as suas funções e formas de trabalho mudarem com a implementação da automação, enquanto um em cada 10 teve que adquirir novas competências. O estudo demonstra também que as organizações olham para a Automação Inteligente não apenas como uma forma de substituir o esforço dos colaboradores no processamento massivo, mas também como uma forma de aumentar as possibilidades e o alcance dos seus trabalhadores.

Para que os processos de automação tenham sucesso, os executivos das empresas devem primeiro determinar como usar esta tecnologia para atingir os seus objetivos de negócios e colocar em prática uma estratégia robusta e holística. No entanto, o estudo mostra que apenas 26% das organizações que estão a iniciar a jornada e 38% das organizações que já a implementaram têm uma estratégia clara de automação inteligente para toda a empresa.

Olhando para o futuro, a Deloitte aponta quatro tendências para a área da Robótica e Automação Inteligente:

  • Robótica em larga escala - Muitas empresas começaram já a sua jornada de Robotic Process Automation, mas uma grande maioria ainda não conseguiu uma adoção massiva e em escala que impacte uma grande parte da organização, nomeadamente nas empresas que não investiram em Centros de Excelência internos de automação;

  • Democratização da Inteligência Artificial - a utilização de inteligência artificial na automação tem ainda bastante potencial por explorar, pois, embora 34% de empresas já tenham implementado essas soluções, 54% pretendem fazê-lo nos próximos 3 anos;

  • Automação como serviço - irão surgir no mercado novas ofertas de automação numa lógica de subscrição de serviço. Estes serviços reduzirão o custo e tempo de instalação, ao mesmo tempo que aliviarão as empresas do esforço de gestão e manutenção dos seus automatismos;

  • Automação end-to-end - haverá uma maior conjugação das tecnologias de automação com outras tecnologias vocacionadas para processos, como é o caso de iBPM, low code ou process mining, permitindo potenciar as suas vantagens e reimaginar os processos empresariais.

Leia o estudo completo aqui.

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