Lisboa, 28 de maio de 2025 – A tecnologia de Inteligência Artificial Generativa (IA Gen) continua a evoluir a uma velocidade assinalável. No entanto, a mudança organizacional dentro das empresas não acompanha o mesmo ritmo. O estudo “State of Gen AI in the Enterprise” da Deloitte revela que entre os principais obstáculos à implementação de ferramentas de IA Generativa, se destacam as preocupações com a conformidade regulatória, que aumentaram de 28% para 38% entre o primeiro e o quarto inquérito realizado em 2024.
O estudo revela também que mais de dois terços dos líderes empresariais que trabalham com IA afirmam que apenas 30% ou menos das suas experiências serão totalmente escaladas nos próximos três a seis meses. Apesar dos desafios, 78% dos inquiridos esperam aumentar o investimento global em IA no próximo ano fiscal.
Estas conclusões fazem parte do estudo da Deloitte “State of Gen AI in the Enterprise – Q4”, baseado num inquérito realizado entre julho e setembro de 2024. O estudo envolveu 2.773 líderes de negócios e tecnologia diretamente envolvidos na experimentação ou implementação de IA Generativa em grandes organizações, abrangendo 14 países e seis setores: consumo; energia, recursos e indústria; serviços financeiros; saúde e ciências da vida; tecnologia, média e telecomunicações; e setor público.
Para Hervé Silva, Partner da Deloitte, “as organizações têm de estar preparadas para a massificação da Inteligência Artificial, ainda que, compreensivelmente, o ritmo vertiginoso da tecnologia nem sempre esteja alinhado com a velocidade a que o mercado adota as tecnologias emergentes. Ainda assim, o que concluímos é que há um reconhecimento cada vez maior por parte dos líderes das inúmeras capacidades e vantagens de adotarem este tipo de tecnologias, que impactam
praticamente todas as áreas das organizações. Certo é que a velocidade da tecnologia não vai abrandar, veja-se, por exemplo, os agentes de AI, totalmente disruptivos, com capacidade para modificar por completo a forma como as organizações operam”.
O estudo também revela que quase todas as organizações já reportam um retorno sobre o investimento (ROI) mensurável com as suas iniciativas mais avançadas de IA Generativa, e quase um quarto (20%) reporta um ROI de 31% ou mais. A adoção na área de TI está mais avançada, com 28% dos inquiridos a identificarem esta função como a principal beneficiária. A cibersegurança também se destaca, com 44% a afirmarem que o retorno superou as expectativas, mais do que em qualquer outra área.
A IA Autónoma (em inglês, Agentic AI) surge como um novo vetor de criação de valor sustentável. Estes sistemas de inteligência artificial operam com autonomia na tomada de decisões e na execução de tarefas, sem necessidade de instruções humanas constantes. O estudo indica que 26% das organizações já exploram o desenvolvimento de agentes autónomos em larga escala e 42% estão a testar a tecnologia de alguma forma. Esta inovação tem potencial para desbloquear novas
oportunidades ao permitir que sistemas baseados em IA Generativa coordenem fluxos de trabalho complexos e executem tarefas com intervenção humana limitada.
No entanto, as barreiras que atualmente dificultam a adoção da IA Generativa – incerteza regulatória, gestão de riscos, deficiências de dados e questões relacionadas com a força de trabalho – continuam a aplicar-se e são ainda mais relevantes devido à maior complexidade dos sistemas autónomos. O estudo conclui que a adoção generalizada não é uma questão de “se”, mas de “quando”, recomendando que as empresas avaliem que tarefas e processos são mais adequados para esta tecnologia, identifiquem objetivos claros, analisem riscos e criem estratégias de mitigação. O ideal é começar com casos de uso de baixo risco, envolvendo dados não críticos e garantindo sempre a supervisão humana.
Por fim, o estudo sublinha a importância da força de trabalho humana na transformação impulsionada pela IA. Os líderes do C-suite devem garantir alinhamento estratégico, gerir expectativas e promover um compromisso sustentável para a adoção da IA em larga escala. Além disso, investir na formação e capacitação dos colaboradores será essencial para maximizar o retorno sobre o investimento e garantir um crescimento sustentável a longo prazo.
Publicado trimestralmente, o inquérito avalia a adoção da IA Generativa nas empresas e fornece insights que ajudam os líderes a tomar decisões estratégicas informadas. Uma das principais conclusões é que a escalabilidade continua a ser um grande desafio, com 69% dos inquiridos a estimarem que a implementação completa de uma estratégia de governance levará um ano ou mais. Este dado sublinha a necessidade de uma abordagem estratégica e sustentada para garantir uma base sólida para o desenvolvimento da IA. Além disso, nota-se uma mudança estratégica na adoção da tecnologia: as empresas estão a passar da simples adaptação tecnológica para a procura de elementos que ofereçam diferenciação competitiva através da IA Generativa.
Consulte o estudo na integra aqui.
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