Na década de 1890, o escritório da Deloitte em Londres tinha apenas um telefone. O telefone só existia desde a década de 1870 e as extensões ainda não existiam, mas uma série de "tubos falantes" serviu como um protótipo aproximado, ligando os funcionários de todo o escritório à linha telefónica localizada no centro. Quarenta anos mais tarde, à medida que a Segunda Guerra Mundial se aproximava, o telefone tinha-se tornado mais sofisticado e os profissionais da Deloitte estavam preparados para tratar de todos os assuntos por telefone na eventualidade de devastadores ataques aéreos alemães.

No início da Terceira Revolução Industrial, em meados do século XX, a Deloitte e as empresas que a antecederam continuaram a adotar a tecnologia. A Touche Ross e a Haskins & Sells foram pioneiras na utilização da amostragem estatística na auditoria. O programa Auditape da Haskins & Sells, a "chave para o computador" do auditor, exigia uma formação mínima, tratava registos informáticos na maioria dos formatos e colocava a informação dos clientes na ponta dos dedos dos empregados. O programa STRATA da Touche Ross utilizava os cartões perfurados da época para armazenar informações e ajudar na preparação de relatórios.

A marcha do progresso continuou em 1981, quando a Touche Ross começou a utilizar o microcomputador portátil Osborne, permitindo que os auditores atendessem os clientes em viagem. O Osborne de 11kg funcionava com 64K de RAM e custava cerca de 1.795 dólares, ou cerca de 5.070 dólares em 2019.

Nas décadas seguintes, as capacidades tecnológicas da Deloitte continuaram a desenvolver-se. Como parte do que Larry Quinlan, Diretor de Informação da Deloitte LLP, descreveu como "criar uma cultura tecnológica", a Deloitte adquiriu a Solbourne Computer Inc. em 2008, o que lhe permitiu utilizar aplicações especializadas para aumentar a capacidade de consultoria da Deloitte. "Precisamos de ter a capacidade de fornecer as coisas imprevisíveis que as pessoas querem, para podermos . . . participar na estratégia da organização", disse Quinlan num discurso de abertura da conferência Interop IT em 2014.

Michael Bondar, diretor da Deloitte LLP, identificou a digitalização dos processos dos clientes como um dos principais objetivos da Quarta Revolução Industrial. Para ajudar a atingir este objetivo, a Deloitte Digital tornou-se global em 2012. Esta empresa 100% digital trabalha para ligar os clientes e as suas audiências em áreas como a execução de campanhas e a transformação organizacional. Da mesma forma, a Deloitte Catalyst cultiva a inovação em startups, empresas estabelecidas há muito tempo e governos através de um conjunto de serviços digitais. Além disso, a Deloitte está a implementar tecnologia cognitiva em auditorias, onde programas como o Deloitte Connect estabelecem locais de reunião digital para equipas de auditoria e de clientes.