Ações estratégicas essenciais que fomentam a sustentabilidade

Ao fazer uma pesquisa rápida sobre as principais notícias nos últimos meses, o termo ESG (sigla em inglês que se refere a temas ambientais, sociais e de  governança) aparece como um dos mais debatidos na imprensa nacional e internacional. No entanto, sempre fica aquela sensação de:

• Abordagem de grandes proporções em tudo o que é dito;
• Consequências catastróficas para as omissões de determinados setores; ou
• Investimentos de larga escala considerados impraticáveis em primeira análise.

E é justamente essa sensação de grandiosidade que gera distanciamento dos principais interessados em implementar práticas nesta direção. A boa notícia é que tudo começa pequeno – e com a jornada ESG não seria diferente. Neste sentido, as organizações podem começar:

1. Organizando seus dados. Pode parecer algo impensado, mas como entender quais serão as metas a serem alcançadas se não há um ponto de partida?
2. Compartilhando informações entre áreas. É aqui que a colaboração entre equipes é fundamental para entender o que tem sido feito e não há visibilidade a respeito.
3. Estimulando os comportamentos desejados para viabilizar o compromisso perene.

O caminho a ser percorrido pode começar com a sua própria equipe a partir dos comportamentos diários. Agora você deve estar se perguntando por qual razão fala-se em comportamento quando o assunto é ESG? Porque estamos falando de uma forma de fazermos as coisas todos os dias. E uma empresa sustentável toma decisões rotineiras, que envolvem desde:

• Compartilhar conteúdo e informações por meio de uma plataforma online em vez de imprimir;
• Optar por reuniões virtuais no lugar de longos deslocamentos ou realizar eventos em locais de fácil acesso ao transporte público; e
• Implementar a gestão equitativa em termos de oportunidades para a equipe.

Por isso, o comportamento coletivo é decisivo para o sucesso de uma organização. E essa cadência diária sobre a forma como fazemos é uma poderosa habilitadora da estratégia do negócio – especialmente quando moldada pelas ações e decisões dos líderes.

A visão, a missão, os valores e os comportamentos corporativos impulsionam em direção a tudo aquilo que queremos realizar. Por isso, não é à toa que as organizações estabelecem redes de Agentes de Mudança ou Champions de Cultura para estabelecer uma voz ativa entre os profissionais das áreas.

A utilização de artefatos físicos para estimular os comportamentos desejados e a inclusão de percentuais de alcance dos objetivos estabelecidos para a agenda ESG nas metas individuais dos executivos são apenas dois exemplos de como impulsionar o compromisso com o tema. Aliás, este aspecto já alcança quase um terço das empresas ouvidas no estudo “CxO Sustainability Report 2023”, da Deloitte. Nele, 82% dos líderes reportaram que foram impactados por eventos climáticos no ano passado e 33% estão vinculando a remuneração dos líderes seniores ao desempenho de sustentabilidade ambiental.